Recentemente houve a veiculação do “ Desafio da baleia azul”, principalmente nos meios de comunicação, redes sociais e através dos estudantes. Em função da gravidade deste “ jogo”, o IFMT Campus Juína realizou algumas atividades para discussão e reflexão do tema e suas repercussões, combate às práticas que envolvem sofrimento e estimulação de ações que valorizem a vida.
Na ocasião, foi realizada uma palestra ministrada pelo professor Marcus Nascimento Coelho, da faculdade AJES, para os alunos do ensino médio do IFMT campus Juína, o tema abordado foi "escolhas", a atividade marcou o encerramento dos trabalhos de conscientização sobre "O desafio da Baleia Azul", foram esclarecidos alguns pontos importantes para que os pais também tenham ciência deste assunto e possam dialogar com seus filhos:
- Os desafios apresentam situações que envolvem sofrimento, de diversas formas;
- Há intimidação por parte do " curador" não só através dos desafios, mas também pela forma com que se comunica com os participantes e há muitas informações enganosas;
- A forma com que o " curador" manipula e envolve as pessoas, e provoca situações de sofrimento, se assemelha muito às atitudes dos praticantes de intimidação sistemática ( bullying);
- Apesar de termos poucos casos no Brasil de pessoas que participam/participaram deste " jogo", é importante termos a consciência de que um único caso já representa situação de alerta;
- Devemos estar atentos para o fato de que muitas pessoas não participam diretamente de atividades como este desafio, mas que têm práticas iguais ou muito semelhantes;
- Há diferentes motivos, conscientes e inconscientes, que cooperam para as pessoas se envolverem em situações como as deste jogo”. Mas, independente das razões para estas condutas, é muito provável que essas pessoas tenham conflitos psíquicos e emocionais;
- Em muitos casos esses conflitos são pessoais e familiares e há situações de: depressão; solidão; crises de medo/pânico; traumas relacionados a abandono; crises de identidade; violência doméstica; afetos e diálogos minimizados entre os familiares; diferentes tipos de abuso; bullying; não aceitação das diferenças; entre outros;
- Em relação aos adolescentes, em muitos casos, há também outros fatores, tais como: período conflituoso de formação de identidade; anseio por aceitação e inclusão familiar, escolar e em grupos; cobrança pessoal e familiar exacerbada em relação a aprovação em vestibulares e/ou concursos;
- Em muitos casos os conflitos são expressados através de uma necessidade exagerada de aceitação e exposição nas redes sociais.
Orientações:
- Observar se há sinais de situações como as descritas neste comunicado, observar se há marcas de mutilação, observar se há situações de bullying na escola, perceber se há indicações de ideações suicidas e se atentar aos sinais de que precisam de ajuda;
- Encaminhar para atendimento com os profissionais da escola e/ou se dirigir também às instituições com atendimento especializado;
- Informar as coordenações de cursos e Direção sobre os casos em que haja suspeita de bullying;
-Dialogar, escutar, acolher, compreender e orientar sempre seus filhos.
IFMT-Campus Juína/ Luiz Pereira da Costa Junior
