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IFMT parabeniza suas pesquisadoras neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Publicado por: Reitoria / 11 de Fevereiro de 2022 às 14:23

Instituto Federal de Mato Grosso homenageia as pesquisadoras da Instituição nesta sexta-feira, dia 11 de fevereiro, no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas. Conduzido pela Unesco e ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com atividades que visam dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.

Segundo site da Unesco, a porcentagem média global de mulheres pesquisadoras é de 28,8% e apenas 35% de todos os alunos matriculados em áreas de estudo relacionadas a Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática (STEM) são mulheres.

No Instituto Federal, as mulheres também estão presente na pesquisa. Do total 386 servidores com titulação de doutorado, sejam eles docentes e técnico-administrativos, apenas 152 são mulheres, ou seja, 39,5%. Já na titulação de mestre, dos 713 (docentes e técnicos-administrativos), 312 são mulheres, representando 43,5%.  

Para destacar a importância da participação das mulheres e meninas na Ciência, o IFMT parabeniza o trabalho de suas pesquisadoras, sejam elas docentes, técnicas-administrativas ou estudantes, e faz um lembrete de que mulheres e meninas desempenham um papel crítico nas comunidades de ciência e tecnologia e que sua participação deve ser fortalecida.

O reitor do IFMT, Julio Cesar dos Santos, destacou que a luta das mulheres por um mundo justo, entre homens e mulheres em nossa sociedade passa necessariamente pela pesquisa, porque é ela que produz o conhecimento. Tanto o conhecimento científico, prático, tecnológico, criação, inovação e orientativo de políticas públicas. Nesse último, elas tem conquistado um espaço muito rapidamente.

“No que depender do Instituto Federal de Mato Grosso na construção de um mundo mais justo entre homens e mulheres, principalmente na pesquisa e na educação, pode ter certeza de que nós nos esforçaremos para contribuir da melhor forma possível’, destacou Julio Santos.

Conheça abaixo algumas das nossas pesquisadoras:  

A professora doutora e pesquisadora em genética e evolução do IFMT - Campus Bela Vista, Sandra Marioto declarou que para ela ser mulher na Ciência, além do conhecimento ser libertador, a mulher tem o seu espaço mais respeitado.

“Eu acredito que na minha área somos muito mais respeitadas que em outras profissões. Eu tenho amigas em várias outras profissões, e percebo que tenho o meu espaço, bastante respeitado e bastante digno hoje. Mas a história não é bem essa ao longo do tempo. Hoje eu gostaria de parabenizar todas as guerreiras, todas as mulheres na ciência que galgaram esse caminho, conquistaram esse espaço do qual eu tiro proveito hoje. Parabéns a todas nós!. Muitos outros espaços vamos ter que conquistar porque algumas áreas da Ciência em algumas instituições, eu sei que ainda é falho, e precisa muito mais luta, mais espaço e um tratamento de forma igualitária, principalmente em alguns cargos de chefia e direções.

A pesquisadora Ana Paula Encide Olibone, doutora em Agronomia e professora do IFMT Campus Sorriso desde 2013, conta que ingressou no mundo da ciência no primeiro ano da graduação no curso de Engenharia Agronômica, cursado na Unesp. “Fui procurar uma professora para me orientar e ela me apresentou projetos de iniciação científica. Meu primeiro contato foi esse projeto, voltado para a área de solos. E aí eu comecei a fazer esse projeto, com fomento do CNPq... Durante os cinco anos de curso, junto com essa minha orientadora, nós aprovamos três projetos”, conta ela. Somente nos últimos três anos, a prof. Ana Paula, que hoje ajuda a formar novos agrônomos e agrônomas, participou sete pesquisas relacionadas com a produção de amendoim, gergelim, milho e café.

"Quanto mais mulheres atuam em diferentes segmentos, inclusive na ciência, novas oportunidades são abertas. Hoje vivemos em um mundo de muitas oportunidades, mas também de grandes responsabilidades. Então, ingressar na área da ciência é uma escolha que vai te exigir muita dedicação, e nós já precisamos entrar nessa área com a consciência de que, em algum momento, você terá que abdicar de algo”, destacou Olibone.

A professora doutora de Agrononomia do IFMT – Campus São Vicente, Rita de Cassia Santos Goussain, destacou que a satisfação de estar envolvida com ensino e pesquisa é poder contribuir para o desenvolvimento e validação de alternativas de manejo de forma a garantir o crescimento e sustentabilidade do agronegócio.

“Além disso, com o desenvolvimento e participação, atuação em projetos de pesquisa podemos inserir o aluno no mundo científico e nortear a formação deles também nessa área de atuação da Agronomia”, apontou Rita de Cassia.

A pedagoga com mestrado e doutorado em Educação do IFMT - Campus Cuiabá - Octayde Jorge da Silva, Nadia Kunze declarou ser muito gratificante ter a oportunidade de coordenar e executar Projetos de Pesquisa Científica no IFMT e possibilitar às alunas participantes diversas experiências investigativas que favorecem tanto a formação educacional quanto a formação profissional delas e que propiciam, principalmente, a nossa contribuição ao progresso da Ciência.

Ela destacou que atualmente coordena o projeto “Software de mapeamento de estudantes egressos com atuação profissional empresarial” que faz parte do edital nº n. 005/2021 - Mulheres e Meninas na Computação, Engenharias e Ciências Exatas e da Terra - da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de  Mato Grosso – FAPEMAT.

A professora doutora em engenharia agronômica do IFMT – Campus Sinop e do mestrado em Alimentos do Campus Bela Vista, Gilma Chitarra, destacou que ser cientista não é fácil no Brasil, imagina em Mato Grosso. “Nós temos que aproveitar para dar apoio a essas mulheres e meninas, porque elas têm perfil para pesquisa, o que acontece é que elas tem que passar por muitos desafios para conseguir cumprir o tempo para se dedicar à pesquisa. As alunas que se destacam para a pesquisa, é muito gratificante. Essa comemoração acredito que vai dar um avanço no nosso olhar, no ver a outra pessoa, como ela precisa de apoio, para seguir essa área de pesquisa.

Se você quer ser pesquisadora, você tem que trabalhar numa empresa ou seguir na área acadêmica, essa é uma área onde tem uma trajetória de estudos para ser acadêmica ou pesquisadora de uma empresa privada. Sou uma apaixonada pela ciência, defendo ela e acredito que as mulheres tem muito mais sensibilidade na hora de realizar pesquisa.

Sempre me dei muito bem com as minhas alunas e orientandas, muitas seguiram o caminho do doutorado ou foram para outras instituições. Temos excelentes pesquisadores, mas também temos que ter o outro olhar do quanto é desafiador para uma mulher fazer um mestrado ou doutorado, pois muitas delas já tem filhos, e elas tem que se virar para fazer o curso, enfrentando várias jornadas para poder cumprir com o que precisa na área acadêmica. Essa experiência é muito importante, e temos que dar esse apoio às mulheres.

Além disso, os órgãos de fomento precisam ter esse olhar diferenciado para as mulheres, pois como disse, elas enfrentam vários turnos, pois tem que tomar conta da casa, dos filhos, e se vê como professora e pesquisadora. A mulher precisa desse incentivo e ser igualmente valorizada.

 

A professora doutora em engenharia civil do IFMT – Campus Várzea Grande, Gabrielly Cristhiane Oliveira e Silva, disse que acredita que "a ciência deve devolver como produto conhecimentos e melhorias para sociedade, então, ao voltar ao meu estado de origem (MT) após a pós-graduação, me coloquei à disposição de diversos órgãos públicos (Defesa Civil, Instituto de Planejamento Urbano de Cuiabá) e trabalhei voluntariamente para partilhar meus saberes e aprender com eles sobre a realidade local".

“Hoje sigo pesquisando no campus, participando de ações e projetos de extensão, lecionando e incentivando para que outras meninas, mulheres e todos caminhem buscando conhecimento e ciência, sempre com vistas a tornar nossas cidades cada vez mais melhores”, finalizou Gabrielly.

 
   

Professora doutora  em Ciências Veterinárias do IFMT – Campus Alta Floresta, Laila Natasha Santos Brandão, conta que desde criança repetia que queria ser cientista, não sabia ao certo o que isso queria dizer e nem imaginava que no nosso país a profissão "cientista" viria acompanhada de uma série de obstáculos. Sempre fui estimulada por minha família a não parar, nunca me impuseram diferenças entre o papel de um homem e de uma mulher na sociedade, permitindo que eu pudesse tomar as minhas próprias decisões e seguir meu caminho.

Na academia, durante o meu curso, Medicina Veterinária, presenciei essa estranha dicotomia, mas tive muita sorte de durante a minha vida acadêmica quanto estudante de ter sido orientada por dois doutores que também não enxergavam o mundo com essa dicotomia de masculino e feminino, e sim, um mundo onde cada pessoa em particular tem as suas habilidades e deve ser considerada por elas.

Na minha vida profissional novamente me deparei com essa dicotomia, tenho grande dificuldade em entender e digeri-la, faço sempre questão de ser lembrada. Além disso, quem me conhece sabe que não aceito essa história de não pode fazer porque é mulher, eu acredito que posso fazer porque tenho capacidade de fazer.

Os gestores dos campi por onde passei também tinham essa visão, não a toa ocupei alguns cargos na gestão e sempre tive meu lugar de fala. Hoje coordeno o laboratório de Biologia Molecular do IFMT - Campus Alta Floresta, onde me sinto muito orgulhosa ao constatar que somos compostos em maioria por mulheres, sendo todas servidoras, mulheres fortes e que amam a ciência. O lugar de mulher é onde ela quiser estar, seja em uma bancada de laboratório ou cuidando de uma casa. Nosso espaço deve ser conquistado pelos nossos méritos. Digo hoje, com satisfação, estando no meio acadêmico que conheço muitas mulheres cientistas que trabalham incansavelmente. Acredito que passo a passo, seja pela luta das mais engajadas ou a resiliência, conquistamos nosso espaço.

Espero que nós, mulheres da ciência, saibamos passar nossa paixão as próximas gerações e que essa já se depare com barreiras menores, que estejamos sendo precursoras de uma geração de juízo por capacidade.

 

A professora doutora em Engenharia Elétrica dos cursos de engenharia da computação do IFMT – Campus Cuiabá, Juliana Fonseca Antunes, destacou que a participação feminina na Ciência precisa ser incentivada a todo momento, desde quando conversamos informalmente com uma criança até uma aluna do Ensino Médio, pois a todo momento precisamos mostrar que a Ciência não é uma área complicada, mas sim apaixonante e também desafiadora.

Eu sou professora de Computação, sou ex-aluna do Curso de Ensino Médio em Processamento de Dados da antiga ETF-MT, naquela época até tínhamos muitas meninas na área, porém a maioria quando foi para Universidade escolheu outras áreas correlatas. Desde a época de Ensino Médio me apaixonei pela área e continuei o caminho até me tornar professora. Faço parte do projeto da Sociedade Brasileira de Computação chamado Meninas Digitais (existe desde 2015), onde incentivamos meninas e mulheres a ingressar na área de Ciências e Exatas. Incentivo esse feito através de diversos cursos, programação de aplicativos móveis, eletrônica básica com Arduíno e Robótica.

É um trabalho recompensador pois quando conseguimos demonstrar que a área não é aquele bicho de sete cabeças que as pessoas tanto falam, e como consequência as alunas de nossos cursos escolhem a área de Ciências e Exatas. É claro que é um trabalho de formiguinha, pois não conseguimos atingir muitos estudantes, porém quando conseguimos fazer que algumas delas ingressem na área é maravilhoso. Precisamos aumentar a quantidade e participação de mulheres, pois elas possuem características e personalidades que trazem muita inovação e criatividade.

 

Decom/IFMT - Juliana Michaela

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